Desejamos umas BOAS ENTRADAS, que não inspiradas nestas que vos apresentamos de seguida:
quinta-feira, dezembro 30, 2010
sexta-feira, dezembro 24, 2010
domingo, dezembro 19, 2010
Ficheiros Secretos
O fenómeno Wikileaks arrasou todo o mundo. Obviamente, o futebol português não ficou imune. A Cromos da Bola, SAD, uma das poucas instituições com acesso aos documentos confidenciais, vem aqui publicamente divulgar sete ‘leaks’. Para que o grande público saiba realmente o que se passa nos bastidores do futebol português.
1 – Putnik e Sputnik são uma só e a mesma coisa. Uma vez passado o prazo de validade do satélite russo, que tanto furor fez nos anos 50 do século passado, os maquiavélicos russos pensaram logo numa forma de reaproveitá-lo. E vai daí, numa fantástica manobra cosmética, retiraram o “S” inicial e puseram o ex-satélite a espiar o campeonato português, justamente no Chaves e no Leça, clubes potencialmente problemáticos – os russos sempre desconfiaram do cabelo do Parfait N’Dong e do que as botas coloridas do Nando escondiam. Está assim explicada a pouca produtividade de Putnik e a sua aparente rigidez de movimentos.
2 – Maniche era para ser a Popota até assinar contrato com o Sporting. As semelhanças eram evidentes, mas agora ficou a saber-se de tudo. O médio anafado e com nariz aporcalhado estava na lista do Modelo para preencher o lugar da desgastada Popota. Mas assim que JEB prometeu um salário superior e uma renovação automática por um reduzido número de jogos, Maniche declinou a tentadora proposta do Modelo. O Modelo salvou-se assim de ter uma mascote que podia entrar de pés juntos à Leopoldina e morder as barbas do Pai Natal, embora Popota tenha ficado com o coração destroçado – “ele realmente era um símbolo para todos os hipopótamos”, confessou Popota numa carta ao Ruca.
3 – A imagem de Jesus Cristo foi construída com base em Dinis e não o contrário. Pensavam que o viril central copiara o estilo de Jesus Cristo, não? Pois, isso foi o que os americanos nos fizeram crer a todos… até ao próprio Dinis. A realidade é que o verdadeiro Jesus Cristo era mais ou menos como aquele jogador do Hapoel Telavive que marcou o terceiro golo contra o Benfica e os americanos acharam que isso era pouco comercial. Seria interessante fazer Jesus Cristo parecer-se antes com um central duro, de aspecto inesquecível e que se sacrificava humildemente para safar a sua equipa de descer de divisão. E vai daí, começaram a divulgar imagens de um Jesus Cristo parecido com o Dinis que todos nós conhecemos, na maior lavagem cerebral alguma vez protagonizada.
4 – Franco Jara é mesmo jogador de futebol. Uma comunicação havida entre as embaixadas argentina e americana dá conta de que Franco Jara é, efectivamente, um jogador de futebol, pese embora todas as suspeições que se levantam em torno deste tema. Na mesma comunicação foi referido que Nelson Benítez é afinal um técnico de contabilidade e que Andrés Díaz fugira de um centro de reabilitação profissional após uma experiência mal sucedida enquanto electricista, mas assegura com toda a convicção que Jara é mesmo jogador da bola. Os americanos ficaram boquiabertos, ainda mais que o director financeiro do Benfica, que viu alguns milhões de euros esfumarem-se por entre os dedos – embora, depois de Balboa, já pouco o espante.
5 – Paulinho Santos esteve a um passo de entrar para um Convento das Carmelitas Descalças. O vigoroso médio caxineiro, conhecido pelas sessões de amor violento com João Pinto, por simular lesões e por, basicamente, bater em tudo o que mexesse à sua volta, foi até aos 16 anos um rapazinho tranquilo e temente a Deus. Paulinho, que era Santo até no nome, só pensava em dedicar o seu coração à bondade e meditação, falando com as flores, ajudando em missões humanitárias, dizendo que achava o André “um bocado bruto demais para o meu gosto” e tendo como alcunha na escola “Bambi”. O clique deu-se quando descobriu que a Ordem a que sempre sonhou pertencer não podia contar com rapazes. A partir daí, Paulinho tornou-se feroz e vingativo, fez-se pupilo do temível Guarda Abel e toca de aviar frutas e chocolatinhos a torto e a direito, com os resultados práticos conhecidos.
6 – Caccioli fez as pizzas para o filme das Tartarugas Ninja. O magistral Caccioli, que tantas e tão boas tardes de futebol propiciou no eufemisticamente designado campo de futebol Adelino Ribeiro Novo e que agora gere uma pizzaria para os lados de Famalicão, era tão bom nas quatro linhas como na confecção de pizzas, fossem elas simples margheritas, 4 estações ou a famosíssima pizza do Milton (com queijo, tomate, anchovas, espinafres, orégãos, bacon, pêlos do bigode do Rosado embebidos em molho vinagrete e cotão do Tuck regado com um fio de azeite virgem extra), o que lhe valeu a adjudicação da confecção de pizzas para o filme das Tartarugas Ninja, reconhecidas devoradoras dessas iguarias. Apenas para o primeiro; consta que a tartaruga Rafael deu-se mal com as pizzas do Caccioli e lançou um ultimato “ou o Caccioli ou eu!”, o que gerou algum atrito entre Rafael e Leonardo e Splinter, que eram verdadeiros adeptos das pizzas de Caccioli. Para as restantes sequelas, Caccioli seria então dispensado, mas tal foi a sua fama que, fora do palco, Leonardo e Splinter ainda não falam com Rafael e ambos compraram casa no Minho.
7 – Foram banidos jogadores com nome “Chico” da Primeira Liga por motivos de credibilidade. Os patrocinadores da Primeira Liga sustentam que “Chico” é sinónimo de vulgaridade e de um certo espírito labrego que querem erradicar de uma liga que deve ser vista como sinónimo de sobriedade, tal como foi comunicado num telegrama enviado à Liga de Clubes e interceptado pela CIA – Companhia de Interceptação Anónima, Lda.. Portanto, nada de Chico Silva, Chico Zé, Chico Nikita ou Chico Nelo. Já basta o Panandetiguiri, que é uma espécie de Chico Manel do Burkina-Faso. Também o uso de bigode e de uma unha do dedo mindinho proeminente para limpeza do salão está vedada. A própria barba de cinco dias do Villas-Boas foi vista de lado pelos patrocinadores, mas estes acabaram por condescender pelo facto do clone do Mourinho ter um nome com dois l’s. E porque se o recusassem acontecer-lhes-ia o mesmo que aconteceu ao Adriano.
domingo, dezembro 05, 2010
Chamar a Música - a Triquela com Prequelas
O comité de três do vosso blog preferido gosta de falar de música. Sim, nós não somos só bola. Também temos vida fora da blogosfera. Vidas mais ou menos inúteis, com mais ou menos pêlos debaixo do sovaco, com fins de semana de pijama e noites de sexta-feira que acabam com os vossos escribas a chamar o Machairidis.
É a Vida, e nós fazemos parte dela, tanto quanto ela faz parte do Paulo. E esta parece-me uma boa altura para fazer um trocadilho com o nome do Nuno Sociedade, mas não me ocorre nada. Adiante, que estou com fome e não quero deixar o texto a meio. E não me apetece cozinhar. Acho que vou ligar para o Take Away do Zhang Chengdong e pedir Moretto à Pequim (ah, o confortável mundo da piada fácil).
Isto tudo para dizer o quê? Que tal como vocês, também vibrámos com os Ban e chorámos ao som dos Três Tristes Tigres. Também dançámos slows com miúdas cobertas de acne nas festinhas de garagem à pala do Bryan Adams e já imitámos o timbre de voz (?) do Pedro Abrunhosa aos ouvidos de outras quantas. Já mandámos uma ou outra azeiteirola dar uma volta ao bilhar grande quando topámos que ela tinha um relógio dos Excesso. A música faz parte da nossa vida. Quem não se lembra do som que estava a degustar quando D. Russell Nigel Latapy I reconfigurou o tornozelo do Jokanovic ou quando o Toniño marcou o seu primeiro petardo de fora da área para lá do Marão?
Todos nós temos as nossas playlists, as bandas sonoras da nossa vida - que normalmente incluem pop com sintetizadores da década de 80 em doses proeminentes - e este senhor cá em baixo não é excepção:
Zlatko.
Um homem dividido, um coração rachado a meio pela fria e impiedosa indústria do futebol. As quentes noites de paixão na cidade Invicta foram demasiadas para ele. Uma bela história de luxúria, futebol sensual vestido a lingerie de criatividade e sucesso. Títulos, glória, possivelmente drogas e prostitutas.
Zlatko tinha tudo. Tudo, menos a exclusividade do coração da urbe que o adoptara. O esloveno queria mais. Queria a aliança no dedo, sonhava com juras de amor eterno, mas o coração da cidade que deu o nome a Portugal já tinha dono(s). A Invicta, historicamente fiel aos seus, aberta para quem lhe quer e faz bem, estava comprometida com a testa de Mário Jardel, com o pé esquerdo de Ljubinko Drulovic, o cotovelo direito de Paulinho, os pitons de Jorge Costa e as férreas mãos de Lars Eriksson. Não havia espaço para mais. Num assomo de orgulho, Za exigiu o quebrar de tão intenso laço. Tudo ou nada. Deixando para trás nódoas de champanhe em lençóis de seda azulados, o avançado partiu. Tensão e revolta pairavam no ar como uma brisa de flatulência do Chippo.
Mas Za tinha um plano - a vendetta perfetta: a antiga amante azul e branca, sempre envolvida em paixões arrebatadoras, cedo iria ver o amargo esloveno na cama com a sua maior rival.
E desta feita, houve juras de amor. Za recebeu a chave do castelo, a suite com acesso ao coração da vermelha amante. Foram tempos de longos passeios na praia, chocolate quente à chuva e comédias românticas com o Hugh Grant no sofá da sala.
Finalmente, o amor encontrara Zlatko...mas Zlatko não encontrara o amor. A camisola vermelha fazia-lhe comichão. A glória escapava-lhe por entre os dedos. O sucesso era uma memória distante. Por muito amado que fosse, Za continuava a suspirar pela paixão que deixara a Norte. O champanhe, os hinos de vitória, a intensidade que cobre o violento ardor do afecto carnal ficaram definitivamente para trás - sem que tenha conseguido recuperá-los 300km a Sul.
Banhado a desalento, e perante a visão de uma ex-concubina nos píncaros da paixão Europeia e Mundial, o irascível esloveno decidiu mandar a carreira futebolística às urtigas e cuspir um álbum que sintetizava todos os sentimentos que lhe consumiam a alma e corroíam o espírito.
O resultado foi um dos melhores LP's dos últimos 15 anos:
"Dois Amores, Também eu Tenho" foi a confirmação do potencial baladeiro do Bardo dos Balcãs, com singles clássicos como o envolvente "Eu Fiz Basculação com o Kandaurov", o truculento "Festejei um Golo com o Folha e Não Gostei Particularmente" ou o inesquecível "O Cruzamento Atrasado do Carlos Secretário". Porém, a pièce de résistance será sem dúvida a balada "Quero Cheirar Teu Melão, Calado".
Tudo temas que confirmam Zlatko como ums dos maiores valores da sua geração. Imprevisível, versátil, irascível e temperamental, o Bardo dos Balcãs despeja fel, paixão e memórias várias neste pedaço de vinil...e quem fica a ganhar com isso somos nós.
Post Scriptum Cromatium: Sim, eu sei que estamos no final de 2010, mas tinha esta imagem encostada no meu PC há demasiado tempo. So there.
É a Vida, e nós fazemos parte dela, tanto quanto ela faz parte do Paulo. E esta parece-me uma boa altura para fazer um trocadilho com o nome do Nuno Sociedade, mas não me ocorre nada. Adiante, que estou com fome e não quero deixar o texto a meio. E não me apetece cozinhar. Acho que vou ligar para o Take Away do Zhang Chengdong e pedir Moretto à Pequim (ah, o confortável mundo da piada fácil).
Isto tudo para dizer o quê? Que tal como vocês, também vibrámos com os Ban e chorámos ao som dos Três Tristes Tigres. Também dançámos slows com miúdas cobertas de acne nas festinhas de garagem à pala do Bryan Adams e já imitámos o timbre de voz (?) do Pedro Abrunhosa aos ouvidos de outras quantas. Já mandámos uma ou outra azeiteirola dar uma volta ao bilhar grande quando topámos que ela tinha um relógio dos Excesso. A música faz parte da nossa vida. Quem não se lembra do som que estava a degustar quando D. Russell Nigel Latapy I reconfigurou o tornozelo do Jokanovic ou quando o Toniño marcou o seu primeiro petardo de fora da área para lá do Marão?
Todos nós temos as nossas playlists, as bandas sonoras da nossa vida - que normalmente incluem pop com sintetizadores da década de 80 em doses proeminentes - e este senhor cá em baixo não é excepção:
Zlatko.
Um homem dividido, um coração rachado a meio pela fria e impiedosa indústria do futebol. As quentes noites de paixão na cidade Invicta foram demasiadas para ele. Uma bela história de luxúria, futebol sensual vestido a lingerie de criatividade e sucesso. Títulos, glória, possivelmente drogas e prostitutas.
Zlatko tinha tudo. Tudo, menos a exclusividade do coração da urbe que o adoptara. O esloveno queria mais. Queria a aliança no dedo, sonhava com juras de amor eterno, mas o coração da cidade que deu o nome a Portugal já tinha dono(s). A Invicta, historicamente fiel aos seus, aberta para quem lhe quer e faz bem, estava comprometida com a testa de Mário Jardel, com o pé esquerdo de Ljubinko Drulovic, o cotovelo direito de Paulinho, os pitons de Jorge Costa e as férreas mãos de Lars Eriksson. Não havia espaço para mais. Num assomo de orgulho, Za exigiu o quebrar de tão intenso laço. Tudo ou nada. Deixando para trás nódoas de champanhe em lençóis de seda azulados, o avançado partiu. Tensão e revolta pairavam no ar como uma brisa de flatulência do Chippo.
Mas Za tinha um plano - a vendetta perfetta: a antiga amante azul e branca, sempre envolvida em paixões arrebatadoras, cedo iria ver o amargo esloveno na cama com a sua maior rival.
E desta feita, houve juras de amor. Za recebeu a chave do castelo, a suite com acesso ao coração da vermelha amante. Foram tempos de longos passeios na praia, chocolate quente à chuva e comédias românticas com o Hugh Grant no sofá da sala.
Finalmente, o amor encontrara Zlatko...mas Zlatko não encontrara o amor. A camisola vermelha fazia-lhe comichão. A glória escapava-lhe por entre os dedos. O sucesso era uma memória distante. Por muito amado que fosse, Za continuava a suspirar pela paixão que deixara a Norte. O champanhe, os hinos de vitória, a intensidade que cobre o violento ardor do afecto carnal ficaram definitivamente para trás - sem que tenha conseguido recuperá-los 300km a Sul.
Banhado a desalento, e perante a visão de uma ex-concubina nos píncaros da paixão Europeia e Mundial, o irascível esloveno decidiu mandar a carreira futebolística às urtigas e cuspir um álbum que sintetizava todos os sentimentos que lhe consumiam a alma e corroíam o espírito.
O resultado foi um dos melhores LP's dos últimos 15 anos:
"Dois Amores, Também eu Tenho" foi a confirmação do potencial baladeiro do Bardo dos Balcãs, com singles clássicos como o envolvente "Eu Fiz Basculação com o Kandaurov", o truculento "Festejei um Golo com o Folha e Não Gostei Particularmente" ou o inesquecível "O Cruzamento Atrasado do Carlos Secretário". Porém, a pièce de résistance será sem dúvida a balada "Quero Cheirar Teu Melão, Calado".
Tudo temas que confirmam Zlatko como ums dos maiores valores da sua geração. Imprevisível, versátil, irascível e temperamental, o Bardo dos Balcãs despeja fel, paixão e memórias várias neste pedaço de vinil...e quem fica a ganhar com isso somos nós.
Post Scriptum Cromatium: Sim, eu sei que estamos no final de 2010, mas tinha esta imagem encostada no meu PC há demasiado tempo. So there.
Arrotado por
Anónimo
5
Cacciolis
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